segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pensamentos Avulsos

Sinto a falta da falta da saudade que deixou. Um ser, uma alma, uma carne Um pedaço de mundo num reencontro profundo. Intenso! Foi a noite do reencontro. Depois de tanto tempo, Tantos anos passados, Tanta procura, Enfim chegou! E chegou E chegou E foi Foi Foi, Maravilhoso! Olhando e olhando Sem saber o que fazer. Mas depois de alguns segundos o toque, o abraço, o calor dos corpos sentindo o pulsar O pulsar dos corações. Então o toque dos lábios. Olho no olho Mão nas mãos Corpo no corpo. Noite intensa. Entrelaçados, acorrentados ou simplesmente abraçados Jean Oliveira 01/10/2012

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O silêncio de um sentimento,

quando está sendo construído

é o atormento invasor

dentro do indivíduo,

que vai perturbando o inconsciente revelador.

Dessa forma mostra

às vezes que desejamos

e as vezes que não desejamos.







Jean Oliveira

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A pipa listrada

Era outono na pequena cidade dos Sonhos, foi então que começou uma historia de grande amizade entre dois amigos de nomes Tico e Edu, eram apelidos que seus familiares colocaram quando ainda eram bebes. Tico é bem mais velho do que Edu. Tico era um apelido de um senhor de 60 anos que já viveu muitas coisas na vida e nunca teve a oportunidade de realizar seu grande sonho que era de ter filhos. Ele foi casado uma única vez com o grande amor de sua vida. Eles se conheceram quando ele tinha 19 e ela 16 foi amor à primeira vista, portanto ficou sendo o seu primeiro e único amor, de modo que veio o tempo de namoro e uns três anos depois se casaram permaneceram juntos casados por um bom tempo. Fazia um ano que ela tinha partido e Seu Tico estava muito abatido pelo fato de ter perdido o seu grande amor.
A sua angustia era grande por causa de que nunca puderam concretizar uma de seus grandes sonhos, que era de terem um filho, porque sua mulher não podia ter por motivo de uma doença que tinha e a levou a morte, que cuja doença era um câncer nas trompas, descobriram anos depois que se casaram, mas isso não deixou que o amor acabasse, pois o que existiam dentro deles era maior do que qualquer coisa. Então por causa disso nunca foi concretizado a sua grande realização de que era ser pai e depois ser avô.
Um belo dia e estava muito lindo mesmo, o céu estava com poucas nuvens, tornando assim o dia bastante agradável. Foi então que Seu Tico conheceu Edu um menino de estatura mediana de cor de pele morena e tinha 9 anos de idade. Edu aproximou-se do local que Seu Tico estava e sentou um pouco mais longe dele. Quando acomodou-se, ficou um pouco cabisbaixo e olhando para o nada.
Vendo o jeito de como estava aquele menino, Seu Tico começou a observá-lo até que perguntou:
- Menino porque você está tão triste? Está com fome...?
E nada de Edu responder.
- Menino não seja mal educado eu estou lhe fazendo um pergunta. Disse Seu Tico, que já estava ficando aflito com o aquele estado que Edu se encontrava, pois vinha muita tristeza em sua feição.
Edu olhou para Seu Tico com um olhar de mistério como se por trás existisse algo e quisesse pedi ajuda.
Edu era uma criança que estava começando ver a vida de uma outra maneira, isso porque nunca teve e soube do significado amor fraterno. Ele vivia em um meio onde só existia desunião. A sua mãe nunca chegou para ele e disse que o amava e seu pai ele nunca conheceu, assim sendo o motivo de que sua mãe nunca o amou por que achou que foi um grande erro de sua vida ter engravidado de uma pessoa que sabia que não existiria futuro, pois eram muitos jovens. Só que Edu não teve culpa de vir ao mundo, foi um descuido que aconteceu por parte de ambos. Mas mesmo assim sua mãe o culpava, deixando o menino muito triste que chegava a pensar todo o dia “um dia ainda fujo daqui e vou viver nas ruas, pelo menos não terá mais ninguém para me acusar”, mas toda vez que vinha esse pensamento desistia na mesma hora, “mais se vou para a rua irei sentir frio, fome e até mesmos os meninos de rua poderão me bater” isso era seu pensamento que o acovardava de tomar tal decisão. Mas Edu era um menino forte, pela sua pouca idade acreditava que um dia tudo poderia mudar e tinha esperança que sua mãe viesse amá-lo, porque apesar de tudo ele a amava muito.
Um dia Edu saiu de casa para brincar um pouco e quando estava quase na hora de voltar, ele foi até uma praça bem próxima de sua casa, para então poder pensar se hoje volta ou não para todo aquele tormento que era viver sendo escorraçado pelo fato de um dia existir.
Foi então que nessa praça encontrava-se um senhor também de feição triste e muito pensativo. Edu passou por ele e nem olhou, mas foi neste exato momento que acontecia o encontro de uma ligação de grande amizade entre os dois.
Nesse dia Seu Tico tentou uma aproximação maior para com aquele menino, que ficou comovido pelo estado que o encontrava com bastante tristeza. A partir dali começou-se um dialogo, pois anteriormente Seu Tico tinha feito um pergunta só que não teve resposta labial e sim um gesto delicado que demonstrou bastante aflição. Vendo aquele olhar triste pensou numa maneira de ajudar aquele menino que aparentava ser uma ótima pessoa só o que transparecia era falta de amor.
Depois que começaram a conversar Edu deu início a descrever algumas coisas que acontecei em sua vida para Seu Tico que passou a confiar e consequentemente conseguiu a confiar, foi então que obteve êxito na amizade de Seu Tico que também preencheu um pouco a falta da perda de sua esposa e o fato de nunca poder ser pai.
Eles se encontravam quase todos os dias e desse modo Edu podia contar o que passava em sua casa que chegava a comover muito Seu Tico. Dessa forma foi se criando um afeto muito grande por aquele menino que chegou a dar conselhos, e dizia que o amanha tudo se resolveria tendo fé e que a ansiedade não tomasse o seu coração por completo que o levasse a perder a sua dignidade.
- Seja sempre o menino que ao conversar descobrir um ser com muitos sonhos e objetivos, que acredita no impossível.
Então um dia Seu Tico fez uma pipa e trouxe de presente para seu melhor amigo. Era uma pipa listrada enorme, quase do tamanho de Edu.
- Seu Tico muito obrigado pelo presente nunca irei esquece e também jamais deixarei que seu presente parta de mim. Disse Edu.
Seu Tico ficou muito satisfeito por ver a felicidade estampada no olhar de seu amigo e não imaginou que uma simples pipa iria fazer toda a diferença na vida de uma pessoa, então Edu simplesmente deu um sorriso de alegria como se dissesse que aquilo seria muito importante para a sua vida.
- Fico feliz por ter gostado. Mas você já ganhou algum presente?
Edu abaixou a cabeça e com um gesto simples balançou a cabeça fazendo o sinal que não. Naquele momento Seu Tico ficou parado no tempo por segundo pensou “Como é que pode uma criança nunca ter recebido um presente”, indagou com uma respiração profunda que sustentou com um sorriso de felicidade, pois estava vendo que um simples gesto pode fazer muita diferença.
Então Seu Tico falou:
- Edu um dia que não vier a existir lembre-se meu filho que as lembranças são as únicas que ficam e o que lhe deixo é minha amizade e que valha muita a pena, pois o que conversamos foi tanto para a sua edificação como também para a minha. Então se um dia eu não estiver nessa praça é só você olhar para o céu que estarei a olhar para ti e um símbolo voará bem alto para significar que a minha existência aqui na terra foi voar em outros ares. Mas lembre-se de tudo que conversamos.
Três dias depois Seu Tico veio a falecer e neste dia Edu veio falar para a ele que as coisas estavam mudando em sua casa e que também já tinha aprendido a empinar a pipa. Esperou por algumas horas e nada de chegar que ficou muito preocupado por que as horas estavam se passando e nada de seu amigo.
- Será que aconteceu alguma coisa para que Seu Tico não viesse? Pensou meio desgostoso com uma tristeza que já estava assolando seu coração, pois estava vendo nele a figura de um pai que nunca teve. Até que olhou para o céu e viu uma pipa igualzinha que tinha como se tivesse voando sozinha e então lembrou das palavras de Seu Tico que começou a chorar, pois sentia que seu amigo não existia mais neste mundo, de modo que foi voar como ele disse “em outros ares”.


Ewerton Vicente

domingo, 21 de novembro de 2010


Numa manhã de outono, parei e olhei uma folha que ainda permanecia pressa num galho de uma árvore perto de um lago, que a solidão era fluente na sua cor e no seu parecer. Com isso, simbolizei que o meu amor fosse aquela folha solitária, que a qualquer momento poderia cair e assim deixar de ter vida, passando então a ser apenas uma folha que existiu dentro de um mundo devasto de coisas.



Jean Oliveira

O gostar é como uma ferida que nunca cicatriza,
pois quando exposta
fica com uma maior probabilidade de infeccionar
sempre com coisas que circundam o seu redor.




Jean Oliveira

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Lua e Eu

Cassiano
Composição: Cassiano/ Paulinho Motoka

Mais um ano se passou
E nem sequer ouvi falar seu nome, a lua e eu
Caminhando pela estrada
Eu olho em volta e só vejo pegadas
Mas não são as suas eu sei,
Eu sei, eu sei
O vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu
Quando olho no espelho
Estou ficando velho e acabado
Procuro encontrar
não sei onde está você
Você você....
o Vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu...
A lua e eu

É
repugnante
pensar
nas
lembranças
que
envolve
o
amor.


Jean Oliveira